Confira a fala de abertura do presidente do IREE, Walfrido Warde, para o evento “Justiça Fiscal: Reforma ou Retrocesso? – Primeiro debate sobre a Reforma Tributária em trâmite no Congresso Nacional”.
O evento foi realizado no dia 6 de maio de 2019 no Hotel Tivoli, em São Paulo. Em breve será disponibilizado vídeo completo das apresentações.
“Minhas amigas e meus amigos, bom dia a todos!
É com grande satisfação que abro, nesta bela manhã de segunda-feira, os trabalhos deste evento, que traz a vocês o 1º debate sobre a Reforma Tributária em trâmite no Congresso Nacional.
E o faço, repito, satisfeito, mas também honrado, porque este é mais um evento concebido, organizado e patrocinado pelo IREE, o Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa, que eu presido há pouco mais de 2 anos.
Permitam-me, antes de apresentar os nossos distintos convidados de hoje, falar um pouco sobre o IREE.
O IREE foi concebido sob a ideia de que todos nós podemos e devemos fazer Política. Política com “P” maiúsculo, ainda que não sejamos políticos profissionais e não ocupemos cargos nos governos.
É o nosso dever pensar o Brasil, conhecer o seu passado, pensar e construir o seu presente e o seu futuro, o nosso futuro.
É nosso dever ouvir as vozes, as expressões do pensamento e do espírito do nosso povo.
É nosso dever ouvir os diferentes e buscar, na diferença, os caminhos comuns.
É nosso dever respeitar a vontade da maioria.
É dever da maioria garantir a existência e o respeito a todos os interesses legítimos das minorias. Interesses que se escoram na ética; uma ética revelada pela razão humana, no curso dos fluxos civilizatórios, do nosso aprendizado histórico, dos nossos acertos e dos nossos erros.
É apenas pelo cumprimento reiterado desses deveres que seremos capazes de exigir a satisfação do primeiro e mais essencial direito do povo, o direito de afirmar o seu próprio destino.
O IREE é o produto do sonho, do sonho e da teimosia, da vontade inquebrantável de conhecer, de debater e de construir políticas públicas, a partir da sociedade civil organizada, mas em relação biunívoca com as instituições.
É por isso que hoje recebemos, com muita alegria, o Deputado Baleia Rossi, jovem mas experiente político e empresário brasileiro, que é autor do Projeto de Reforma Tributária da Câmara dos Deputados.
Baleia Rossi e o seu projeto representam um esforço de reformismo que brota do seio do Poder Legislativo, sob o comando, na Câmara dos Deputados, do Presidente Rodrigo Maia, e no Senado, do Presidente Davi Alcolumbre.
Um reformismo que se escora em bases sólidas, que recorreu à razão, à pesquisa, ao método científico e, portanto, à produção acadêmica do País, ao pensamento que emerge das nossas universidades e do seu trabalho heroico.
Um reformismo que buscou esteio no sempre brilhante trabalho do Centro de Cidadania Fiscal, o C.CiF, um think tank ligado à Fundação Getúlio Vargas que, desde 2015, congrega especialistas em tributação e em finanças públicas com o objetivo de buscar soluções para simplificar e aprimorar o sistema tributário brasileiro.
E o C.Cif está hoje aqui representado por um dos mais notáveis e influentes economistas do País, o Professor Bernard Appy.
É a tarefa deles, do Deputado Baleia Rossi e do Professor Appy, explicar-nos esse Projeto de Reforma Tributária. Fazê-lo de forma simplificada, para que todos nós o entendamos e, nesse contexto, explicar-nos as razões pelas quais é um projeto preferível ao modelo tributário hoje implantado no País.
O Ministro Valdir Simão, um dos maiores conhecedores das entranhas do Estado brasileiro, ex-Ministro da Controladoria Geral da União e do Planejamento e auditor de carreira, irá, feitas as exposições iniciais, perguntar, tirar dúvidas, fazer comentários e sugestões. Eu modestamente me juntarei a ele nessa tarefa, para que ao fim saíamos daqui, nós e vocês, com uma opinião, senão algum norte do que é o melhor para nós.
Feitas essas considerações iniciais, e desculpando-me se me estendi em demasia, passo a palavra a S. Exa. o Deputado Baleia Rossi, a quem eu peço, desde logo, uma salva de palmas.”
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