Letícia Chagas é estudante da Faculdade de Direito da USP e, aos 19 anos, tornou-se a primeira presidente negra eleita no Centro Acadêmico XI de Agosto.
Ela representa uma das turmas mais diversas da história da instituição, que foi a última universidade paulista a aderir ao sistema de cotas raciais no vestibular.
Em entrevista ao presidente do IREE, Walfrido Warde, Letícia falou sobre o significado de sua liderança e sobre o que pensa para o futuro da educação. “Quero que as pessoas sintam que a universidade pública é delas. Afinal, por que a universidade pública existe? Para nós. Não estudo a vida inteira em escola pública para chegar na universidade e ter que fazer particular.”
A estudante de Direito é a favor da expansão da política de cotas raciais nas universidades públicas e defende programas como moradias universitárias e bolsas para que alunos pobres possam permanecer nos cursos.
“Tem muito o que se fazer ainda, a faculdade é um dos lugares mais elitistas em que eu já estive. Para que eu pudesse estar lá e para que a minha eleição pudesse ocorrer, foi central a política de cotas raciais. Eu moro hoje na casa do estudante, que tem um papel muito importante de permitir que as pessoas negras se mantenham na universidade. A faculdade também tem políticas de bolsa, o que é um privilégio porque outras faculdades dentro da USP não têm. Esses benefícios deveriam ser institucionalizados”, diz Letícia.
Confira abaixo a entrevista completa com Letícia Chagas
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