Boletim de Política Econômica Fev/21 - Setores – IREE

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Boletim de Política Econômica Fev/21 – Setores

Nossos Boletins de Política Econômica agora não mais serão publicados mensalmente, mas a cada semana liberaremos um documento específico sobre cada um dos temas que abordamos, isto é, 1. Política Monetária; 2. Política Fiscal; 3. Setores; 4. Crescimento Econômico, Setor externo e Câmbio e 5. Mercado de Trabalho, Desigualdade e Políticas Sociais.

No presente documento, tratamos de alguns pontos que julgamos ser de extrema importância para a discussão sobre os setores da economia: Indústria, Serviços, Comércio, Financeiro e Agropecuária.

A recuperação da economia após o choque da pandemia processou-se de maneira heterogênea entre os setores. Enquanto o Comércio e a Indústria ao final do ano já haviam superado o patamar anterior ao choque da COVID-19, o setor de Serviços ainda não havia sequer alcançado o ponto precedente ao choque. Ainda assim, todos esses segmentos apresentaram retração na média do ano (para o Varejo tomando por base o índice ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção).

Todos esses setores, radicalmente impactados pela retração da demanda doméstica, tiveram como principal motor da retomada o Auxílio Emergencial, assim como os programas de manutenção do emprego e renda, o que justifica, em parte, o arrefecimento da retomada no segundo semestre, com a redução do benefício, e até mesmo quedas no último trimestre com a expectativa de encerramento do programa.

Deste ponto de vista, o começo de 2021 não ensejou melhores expectativas para tais setores. A segunda onda da COVID-19 pelo país, assim como o encerramento dos programas de renda, motivou projeções de queda para as atividades no primeiro mês do ano. Sem perspectiva de uma rápida vacinação da população, as expectativas têm sido dependentes da retomada ou não do auxílio emergencial e do valor que será destinado ao programa.

Por outro lado, a agropecuária, que têm uma maior relação com fatores externos à demanda doméstica, apresentou uma expansão recorde no ano. Pelo lado externo, o setor foi beneficiado pela alta dos preços das commodities no fim do ano – motivada pela recuperação mais veloz da economia chinesa devido à eficiência das políticas de controle da pandemia no país – e pela desvalorização do real frente ao dólar, aumentando a rentabilidade dos exportadores.

Por fim, o setor financeiro, respondendo de maneira um pouco diversa às políticas domésticas, tem maior receio com a manutenção de políticas fiscais mais amplas como o Auxílio Emergencial. Ainda que a pandemia não tenha sido superada, o segmento – que responde mais às expectativas que à realidade corrente – tem tido o desempenho baseado em possíveis riscos fiscais, e em elementos como a governabilidade do governo – como resultado das eleições nas Casas do Congresso.

Também respondendo a estímulos externos, o setor teve flutuações motivadas pelas eleições dos EUA, a vacinação em outros países do mundo, e políticas de estímulo tanto fiscal quanto de liquidez por bancos centrais de grandes economias. Finalmente, nesse início de ano, a movimentação dos preços das commodities – que possuem grande participação na bolsa de valores brasileira – motivou boas perspectivas.

Nesse boletim, avaliaremos os dados mais recentes disponíveis para os 5 setores da economia (indústria, serviços, comércio, agropecuária e financeiro) e quais as perspectivas para o ano corrente. Quais os desafios e possibilidades para a retomada do crescimento da economia a partir de uma análise setorial.

Indústria

A indústria brasileira em 2020 apresentou mais um ano de queda. No caso desse setor, é mais um – e não apenas um – uma vez que em 2019 o setor já havia apresentado queda. Dos últimos 5 anos, apenas 2 apresentaram taxas positivas de crescimento. E mesmo essas ligeiras altas em relação ao ano anterior são manifestações muito mais ligadas ao efeito da baixa base de comparação. Em síntese, a indústria brasileira não havia se recuperado da crise de 2015-16, e não parece ter a pandemia como única razão de sua queda no ano passado.

A queda anual só não foi ainda mais aguda por conta das medidas de contenção da crise. A destacar, o Auxílio Emergencial e as políticas de crédito e estímulo monetário. Em especial o auxílio cumpriu um papel fundamental de manter o dinamismo do consumo interno, principal destino da produção industrial brasileira.

Nesse sentido, políticas de aquecimento da demanda doméstica são vitais para a indústria. A extensão do auxílio é fundamental para que haja incentivos para a produção industrial. Entretanto, para além do consumo das famílias e o consumo privado, a indústria brasileira também – em grande parte – foi impulsionada pelos Investimentos Públicos. Nesse sentido, a trajetória de queda da indústria pode ser em parte explicada por fatores da demanda doméstica: de 2015 à 2020, para além de desaquecimento da demanda das famílias, pela crise e elevado desemprego, como também pela redução dos investimentos públicos.

Dessa forma, além da necessária extensão do auxílio para a vitalidade da indústria, diversos analistas têm apontado a retomada dos investimentos públicos como fator central para a recuperação do setor. Em artigo recente ao Valor Econômico, Dan Ioschpe, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), destacou a ampliação e modernização da nossa infraestrutura, em especial no saneamento, estradas, ferrovias, portos, aeroportos e conectividade, com atuação do Estado, a partir de parcerias público privadas, como um caminho importante não só para a recuperação econômica, mas para a infraestrutura social.

Ainda com maior contundência, a economista Mônica de Bolle, em artigo publicado no jornal El País, apontou a possibilidade de reorganização econômica a partir da saúde pública, como têm ocorrido em outros países do Brics, tais qual China, Índia e Rússia. Esse caminho significaria investimentos em saneamento básico, na redução da poluição do ar, na indústria farmacêutica, entre outros. Em um cenário de pandemia, que têm a possibilidade de passar de aguda para crônica com as diversas mutações do vírus, e levando em conta as vantagens comparativas do Brasil no segmento, esses investimentos poderiam significar uma forma não só de recuperar a produção industrial como de romper com obstáculos estruturais brasileiros.

No mesmo caminho, com ênfase na superação também das desigualdades, os economistas Pedro Rossi, Marco Antonio Rocha, Esther Dweck, Ana Luíza Matos de Oliveira e Guilherme Mello propõe no livro Economia Pós Pandemia uma agenda econômica que seja orientada por missões sociais e ambientais, que além de gerarem emprego e renda, possam fomentar o desenvolvimento de tecnologias e oferecerem um caminho de modernização e reestruturação da estrutura produtiva. Exemplos seriam os investimentos no Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS), em saneamento básico e mobilidade urbana.

Contudo, o quadro se torna ainda mais grave olhando para o setor externo. A perda de dinâmica da indústria internamente tem refletido também na participação da produção industrial nas exportações brasileiras. Os dados da balança comercial de 2020 apontam que a participação das exportações industriais em valor atingiu a menor taxa da série histórica, iniciada em 1997. O Brasil vem, efetivamente, caminhando, para voltar a ser um país focalizado na agro exportação. Além da trajetória descendente geral, também é possível observar, dentro da indústria, uma perda da participação da indústria de transformação relativamente à indústria extrativa – composta sobretudo por Minério de Ferro e Petróleo.

Repensar a indústria é fundamental não só para buscar taxas mais elevadas de crescimento e maior remuneração do trabalho, como é possível ser articulada com a resolução de problemas sociais. E existe uma série de caminhos que podem ser tomados. A indústria, felizmente, conseguiu em 2020 recuperar e ultrapassar o patamar anterior à pandemia. Agora, é necessário pensar em políticas e trajetórias que permitam que o crescimento seja sólido e ultrapasse o patamar anterior à crise de 2015-16.

Serviços

Os dados de dezembro para o setor de serviços confirmam a queda expressiva da atividade no segmento em 2020. O ano foi encerrado com a maior queda anual da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, iniciada em 2012, apontando -7,9%. Além disso, o volume de serviços encerrou o ano ainda 3,8% abaixo do patamar anterior à pandemia – de fevereiro de 2020 – única atividade que não se recuperou.

O setor foi o que apresentou maior queda no ano, duramente impactado pelo isolamento social por ser deveras dependente da dinâmica presencial. De um lado, a queda só não foi maior no ano por conta do auxílio emergencial. De outro, a não retomada está em grande medida relacionada à redução do auxílio no segundo semestre e a perspectiva de encerramento do programa para 2021, o que impactou o planejamento dos gastos das famílias. Com isso, o consumo de serviços nos meses finais do ano foi reduzido, registrando nova queda da atividade em dezembro, após 6 meses de recuperação.

Entre os segmentos, o mais prejudicado foram os serviços prestados às famílias, sobretudo pela dura queda dos serviços de alojamento e alimentação. Ainda assim, podemos reparar pelo gráfico 5 que apenas o segmento de serviços de informação e comunicação recuperaram o nível pré-pandemia.

Como temos apontado nos últimos boletins, a retomada do setor é fundamental para a recuperação da economia, visto o peso que o setor de serviços tem tanto no PIB quanto no mercado de trabalho. Por um lado, a velocidade da vacinação será determinante na retomada do setor. Por outro, as políticas de renda e extensão do auxílio.

Nesse sentido, preocupa a proposta de extensão de auxílio presente hoje no Congresso. Após forte pressão para que fosse estendida a principal política de renda implementada durante a pandemia, o governo sinalizou que estuda a retomada do programa. Contudo, tanto a curta duração (de três a quatro meses) – insuficiente para que a população seja vacinada – quanto a nova redução do valor para R$200 limitam o potencial do programa.

Como os dados do final do ano apontam, a redução do benefício de R$600 nos primeiros meses da pandemia para R$300 a partir de setembro já significou um arrefecimento da recuperação econômica. Uma nova redução deve limitar, ainda mais, a capacidade de crescimento da atividade, que já se descola das demais na velocidade de recuperação.

Comércio

Os dados de dezembro relativos ao comércio confirmam a tendência de arrefecimento da recuperação do setor no final do ano. Ainda mais, acusam queda das vendas, colocando em questionamento se a recuperação sequer terá sido consistente, ou se haverá novo tombo da atividade.

O volume das vendas do varejo ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, encerrou o ano com queda de 1,5% frente 2019, enquanto o índice restrito cresceu apenas 1,2 ante projeções do mercado, cuja mediana era bem mais otimista, de +1,7%.

O índice restrito em dezembro registrou queda de 6,1% ante novembro, a maior queda da série histórica para o mês, enquanto as projeções do mercado orbitavam em -0,6% ante projeções bem mais otimistas do mercado. O índice restrito em dezembro registrou queda de 6,1% ante novembro, a maior queda da série histórica para o mês enquanto as projeções do mercado orbitavam em -0,6%.

Como apontado em boletins anteriores, a redução do auxílio emergencial foi extremamente prejudicial à retomado do setor. Da mesma forma, o elevado desemprego e a aceleração inflacionária também atuaram como obstáculos ao crescimento da atividade.

Levando em consideração que a inflação nos meses finais de 2020 foi puxada, sobretudo, pelo segmento alimentos, esse fator corrobora com a queda do volume de vendas no setor, que vinha sendo beneficiado pela expansão das vendas de supermercados e alimentos. Analisando os dados segmentados do comércio, é possível observar que esse segmento, que foi dos maiores beneficiados pelo Auxílio Emergencial, sofreu queda nos meses finais do ano – impactado tanto pelo corte do benefício quanto pela elevação dos preços.

Segundo pesquisas de dados prévios do varejo em janeiro, o ano começou com fraco desempenho. A empresa de pesquisas GfK aponta queda de 5% na venda de bens duráveis no primeiro mês de 2021.

O resultado foi motivado, principalmente, pelo fim do auxílio emergencial e pelo avanço do desemprego e da inflação. Além disso, a segunda onda de casos de Covid-19 intensificou as medidas de isolamento social, contribuindo para o arrefecimento da atividade. Dessa forma, a recuperação do setor no ano dependerá não só do ritmo da vacinação – que parece não ter perspectivas de grande velocidade – como da retomada de programas de renda e emprego.

Financeiro

As Bolsas de Valores internacionais têm reagido bem em relação ao período mais agudo da crise. Enquanto as principais Bolsas fecharam janeiro em alta, os ativos brasileiros tenderam a se desvincular dos mercados globais, o que ficou expressa no fato do Ibovespa ter apresentado queda de -3,3% em moeda local em janeiro de 2021.

No entanto, em que pese isso, houve substancial ingresso de investidores estrangeiro no país, com janeiro representando um recorde de + 30 bilhões (ou US$ 5,5 bilhões) de fluxo estrangeiro na B3.

A retirada do “forward guidance” pelo BC – ou seja, a sinalização de que a taxa básica de juros pode ter inflexão na sua trajetória de baixa – levanta dúvidas com relação a possibilidade de interrupção da trajetória de rápido desenvolvimento da Bolsa de Valores.

Os juros mais elevados poderiam desestimular o risco do investimento em renda variável, contribuindo para uma fuga para os títulos públicos. No entanto, as previsões mais otimistas, expresso no Boletim Focus de 21 de fevereiro, ainda apontam uma SELIC na casa dos 5% em termos nominais.

Dependendo da trajetória da inflação futura, a taxa real de juros pode permanecer próxima de zero. Além disso, analisando os ciclos de elevação dos juros nos últimos 20 anos, identifica-se que dos 6 ciclos de alta da Selic, o Ibovespa subiu em 3 ciclos e caiu em outros três. Além disso, na média desses 6 ciclos, para cada +1% na taxa Selic, o Ibovespa recuou apenas -0,07. Ou seja, a conclusão é que o comportamento da taxa Selic é um indicador importante, mas não o único a determinar os rumos do comportamento da Bolsa.

Segundo Boletim da XP de janeiro de 2021, a previsão para o Ibovespa no final do corrente ano é de 135.000 pontos. A elevação em relação a projeção anterior, de 130.000 pontos deve-se principalmente as revisões de lucros para cima e a redução do custo de capital. A segunda semana de fevereiro foi marcada pelo disparo do preço do Bitcoin, com a criptomoeda superando o seu valor máximo na história US$ 48.000.

Isso ocorreu após o anúncio de que a Tesla comprou US$ 1,5 bilhões de Bitcoin e passará a aceita a criptomoeda como meio de pagamento. O Mastercard também revelou projetos de trabalhar com o criptomoedades, o que reforça a tendência de que grandes transações financeiras entre companhias globais sejam por moeda digital.

Outro elemento importante que fez parte do noticiário econômico em fevereiro foi a explosão do nível de endividamento de governos e empresas no mundo. A consequência disso é que a dívida global, ao bater esse recorde, coloca em xeque o crescimento mundial e enseja um ambiente propício para a emergência de movas crises.

Segundo o IIF (Institute Of International Finance) o acumulado da dívida global fechou em um patamar muito superior aos últimos anos e mesmo as previsões mais pessimistas do início da crise. Entre 2012 e 2016, o aumento do estoque de dívida global havia sido de US$ 6 trilhões. De 2016 até o final de 2020, o salto no endividamento foi superior a US$ 50 trilhões, sendo mais de U$ 15 trilhões apenas no ano de 2020.

O novo pacote de estímulos fiscais anunciados pelo recém empossado presidente dos EUA, Joe Biden, enseja risco para os analistas do mercado financeiro. A perspectiva é que o elevado estímulo fiscal carregue consigo uma elevação da inflação, acarretando em elevação da taxa de juros norte americana.

A tese ganhou ainda mais visibilidade após Larry Summers e Olivier Blanchard apontarem que o pacote fiscal é deveras amplo e pode impulsionar a elevação da taxa de inflação. Esse risco já se apresenta no Brasil desde o início do ano, quando passou a haver aumento na taxa de juros de títulos de longo prazo do Tesouro americano, embutindo uma elevação da expectativa de inflação no preço dos papéis.

Caso se concretizem a escalada inflacionária e tenha como consequência a elevação da taxa básica de juros, pelo diferencial de juros entre os países, o Brasil teria que seguir a mesma direção, o que pode comprometer as expectativas de crescimento nacional.

Por fim, no agregado do ano, a pandemia e seus efeitos deixaram sequelas importantes que pesam na Bolsa de Valores brasileira. Em que pese o Ibovespa mostre uma alta de 5% em relação ao período de início da crise, cerca de 64% dos papéis que compõem o índice seguem abaixo dos níveis registrados e fevereiro, demonstrando a heterogeneidade por trás da agregação do índice final.

Para piorar, dentre esses setores que ainda não recuperaram o nível pré-crise encontram-se justamente aqueles que dependem da generalização da vacina – o que ainda se encontra incerto para os brasileiros.

Agropecuária

O início do ano na agropecuária manteve as expectativas de nova alta na produção. Em 2020, o setor foi o único que apresentou elevação na média do ano em comparação com o ano anterior. Entre os fatores que levaram ao resultado, destacam-se a alta do preço das commodities nos últimos meses do ano e a desvalorização do real.

O Ministério da Agricultura projeta uma expansão de 11,8% do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária, puxado, sobretudo, pela a soja – principal produto do agronegócio brasileiro – e pelo milho. Para a pecuária, a expansão prevista para o ano é de 5,1%.

A trajetória de alta dos preços das commodities nos últimos meses de 2020 e em janeiro de 2021 tem sido motivada pela perspectiva de recuperação da economia mundial com a aceleração da vacinação. No Brasil, o efeito dos preços é potencializado pela desvalorização do real, o que aumenta a rentabilidade dos exportadores brasileiros.

O cenário positivo é complementado com a abertura de novos mercados para os produtos brasileiros com novos contratos firmados no início do ano. Entre eles, a atualização do certificado sanitário para a exportação de bovinos para a Arábia Saudita, a liberação da compra de ovos no Chile, a abertura para sementes de arroz na Colômbia e a entrada de novos produtos da pecuária no Camboja.

Esses acordos também contribuem para uma maior diversificação da pauta de exportação do agronegócio, majoritariamente composta pela exportação de soja para a China. Por outro lado, entraves para o acordo do Mercosul com a União Europeia preocupam o setor. Já havia fortes pressões contrárias ao acordo por conta da má gestão da política ambiental pelo governo Bolsonaro. Contudo, produtores europeus passaram compor outro grupo de pressão contrário ao acordo, por questões de proteção de mercado.

Por fim, o setor vinha sendo impactado pela inflação dos alimentos no final de 2020. O segmento foi o principal resultado pela aceleração do índice de preços no ano passado. Os dados do primeiro mês de 2021, contudo, apontam uma desaceleração do movimento dos preços. O resultado é em larga medida reflexo do fim do Auxílio Emergencial, que vinha garantindo a manutenção da demanda no contexto da pandemia.



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