Artigos sobre o enfrentamento às organizações criminosas – IREE

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Artigos sobre o enfrentamento às organizações criminosas

O enfrentamento às organizações criminosas é um dos grandes desafios da Segurança Pública. Para contribuir com esse debate, abordado no webinar do Núcleo de Segurança Pública na Democracia do IREE, publicamos um documento com artigos escritos por Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, e Vladimir de Paula Brito, Doutor em Ciência da Informação com pesquisas em operações de inteligência e Desinformação.

Para acessar o documento, clique aqui

Confira a seguir trechos dos artigos.

O modelo de negócio criminal das chamadas milícias começou a ganhar a configuração atual em meados dos anos 90, a partir de duas regiões da zona oeste do Rio de Janeiro: Rio das Pedras, de urbanização recente, comunidade que começou a se formar no início dos anos 60, durante o período de desenvolvimento dos bairros da Barra da Tijuca e Recreio, na região de Jacarepaguá; e Campo Grande e Santa Cruz, áreas mais antigas e distantes do centro e da zona sul, núcleos suburbanos que se formaram junto à linha do trem da Central do Brasil ainda no período do Império. O fortalecimento dos grupos paramilitares armados no entorno dessas regiões ocorreu depois dos anos 2000, quando policiais e agentes públicos passa- ram a replicar esses modelos criminosos bem sucedidos em outros territórios do entorno, buscando ganhar dinheiro com negócios ilegais, a partir do controle armado desses espaços e dos mercados locais, atuando em ramos variados, como transporte alternativo, venda de imóveis, cobrança de taxas, venda de gás a preços mais alto que o do mercado, entre outros empreendimentos ilegais (…) – Bruno Paes Manso. 

A globalização econômica nas últimas décadas, em conjunção com a revolução tecno- informacional originada pelas aplicações da internet e da tecnologia da informação, vem propiciando mudanças radicais na forma de atuação das organizações criminosas. A relativa liberdade de circulação entre fronteiras nacionais, e o ampliado fluxo de informação potencializado pelas redes de dados globais vem permitindo não somente a ampliação da área de atuação destas, como também o estabelecimento de parcerias globais entre grupos voltados para o tráfico de drogas, pessoas e armas, para além do contrabando e descaminho. Tais organizações diversificaram sua forma de agir, enquadrando-se paulatinamente em uma cadeia produtiva global, em que muitas vezes alguns grupos objetivam dominar o conjunto da própria cadeia. Por conseguinte, os modelos de atuação são fluídos, e vão da atuação limitada até o pleno controle do espectro (…) – Vladmir de Paula Brito.

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