Por Juliana Pithon*
No final de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o mais alto nível de alerta para o surto do novo coronavírus. Três anos e quatro meses depois, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional da Covid-19.
O comunicado do dia 5 de maio foi baseado nos números de casos graves e de mortes e na imunização da população, que alcançaram níveis satisfatórios do ponto de vista social e epidemiológico. De acordo com estimativas globais recentes, aproximadamente 10 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas.
A suspensão do estado de emergência não indica, entretanto, o fim da pandemia. Diferentemente do fim da emergência, considerada o mais alto nível de alerta da OMS, a pandemia se refere à disseminação global da doença causada pelo Sars-Cov-2, que ainda persiste em vários continentes, com surtos e impacto significativo no número de mortes e hospitalizações.
A chefe técnica da OMS para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, destacou que, embora a fase de emergência tenha acabado, o vírus Sars-CoV-2 ainda representa um risco significativo. “A Covid-19 ainda está presente e não podemos baixar a guarda”, alertou.
A importância de continuar a vacinação contra a Covid
No Brasil, o Ministério da Saúde, em conjunto com os estados e municípios, está promovendo uma campanha nacional de vacinação de reforço contra a Covid-19 com a nova geração de imunizantes, as chamadas vacinas bivalentes.
Em meio a um novo cenário da pandemia, é crucial manter e expandir a vacinação contra a Covid-19, sobretudo, para incluir grupos que ainda não foram bem protegidos, como as crianças. O reforço com a vacina bivalente está disponível para pessoas maiores de 18 anos que tenham recebido pelo menos duas doses de uma vacina monovalente, respeitando um intervalo mínimo de 4 meses desde a última dose.
Testado e aprovado por agências reguladoras nacionais e internacionais, garantindo a segurança do uso, o imunizante é essencial para evitar a disseminação das variantes e a progressão da infecção para casos mais graves.
No mesmo dia do anúncio da OMS, o Ministério da Saúde contabilizou 13,5 milhões de pessoas imunizadas com a vacina bivalente. Segundo a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, a infecção pelo vírus Sars-COV-2 continuará ocorrendo e, portanto, é necessário fortalecer os sistemas de vigilância, diagnóstico, assistência e vacinação.
É importante reforçar que o fim da emergência internacional da Covid-19 representa uma vitória importante para a saúde pública global, mas não significa o fim da pandemia. A vacinação continua sendo a principal estratégia de prevenção, e outras medidas de controle devem ser mantidas. Além disso, é fundamental investir em pesquisas e tratamentos para a Covid-19 e trabalhar em conjunto para combater futuras ameaças à saúde global.
*Juliana Pithon é redatora do IREE
Por Equipe IREE
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